"Descobrimento e Colonização do Brasil"
*Resposta*
Alguns
internautas ao visitar meu Blogger, demonstram total repúdio ao que eu menciono
na página “Historia Real do
Descobrimento do Brasil” quanto a idoneidade dos portugueses ditos como
“colonizadores do Brasil” assim como da
nossa “pobre descendência”.
Todos
os fatos que relato em minha página foram pesquisas feitas durante mais de 50 anos, em
livros, enciclopédias, reportagens e
documentários que estão a
disposição de todos e ainda, depoimentos feitos por descendentes de angolanos,
moçambicanos, cabo-verdianos, etc.
Para
elucidar mais minhas pesquisas, estou anexando trechos colhidos em diversos
segmentos que abordam o mesmo tema e que comprovam a crua realidade e que
muitos ainda procuram omitir quanto aos fatos reais da “nossa colonização”.
O
Brasil foi apenas um dos países que durante séculos foi saqueado e
explorado pelos ditos “colonizadores”. A
história nos mostra autênticos genocídios onde civilizações inteiras foram banidas da face da terra, onde nações
foram saqueadas e lhes tiraram a dignidade, o respeito e o direito a vida.
Hoje, muitas destas nações encontram-se economicamente e socialmente
aniquiladas em consequencia desta “falsa colonização”.
É
difícil acreditar que os crimes cometidos durante a colonização do Brasil e
mesmo de outros países foi “ um processo
histórico da humanidade e da evolução das civilizações” e que foi um
“pioneirismo da globalização dos portugueses”.
Nada
justifica, por maior que seja a razão, tirar-se de um ser o direito a vida, o
direito a família, o direito a liberdade.
Quão
bravo são aqueles que abominam e repudiam este tipo de atitude, independendo de
sabedoria mística, teologias ou religião.
Quão
bravo são aqueles que acreditam que a vida é um direito, independendo de raça,
cor ou credo e todos têm o dever e obrigação preservá-la pois somos iguais e
únicos perante ao Criador.
O
HOLOCAUSTO NEGRO
Crimes
e genocídios cometidos aos negros durante a colonização do Brasil
Pesquisas feita na Web.
Texto
integrante dos Anais do XIX Encontro Regional de História: Poder, Violência e
Exclusão.
ANPUH/SP-USP.
São Paulo, 08 a
12 de setembro de 2008. Cd-Rom.
O COSTUME DE DEGREDAR
Em
Portugal em fins da Idade Média, existia uma forma de banir os indesejáveis ou
os criminosos do convívio social. Esses poderiam retirar-se para lugares que
lhes eram reservados, chamados coutos e homízios , normalmente mal povoados e
localizados em territórios fronteiriços. A ida para esses lugares lhes rendia o
perdão do crime cometido, e, além disso, gozavam de isenção de impostos e de
proteção contra possíveis vinganças das pessoas ofendidas. Desta forma, a
atitude da coroa portuguesa revelava um interesse, pois estavam promovendo o
povoamento e construindo a defesa de suas fronteiras. O Algarve, foi um lugar
de couto muito utilizado pelas autoridades portuguesas.
Porém,
esses indesejáveis ou criminosos da sociedade correspondiam aos desajustados sociais,
ou segundo Laura de Mello e Souza, um desclassificado social. Nessa “categoria” podíamos
encontrar os vadios, os vagabundos ou pequenos ladrões, que normalmente viviam
à margem da sociedade portuguesa e desta maneira, alteravam a ordem
estabelecida.
A
partir dos descobrimentos na modernidade essa população de desajustados sociais
foi remanejada para os novos territórios portugueses como a África, Índia ou
Brasil, auxiliando principalmente, neste último, o seu povoamento. Para
Portugal tais territórios transformaram-se no “ergástulo5 de seus
delinqüentes”.
“A
jurisprudência selvagem de Portugal no Antigo Regime sentenciava multidões de pequenos
larápios e outros infratores com prisão e exílio: todo navio que partia para o
Brasil, Índia ou África trazia, sobretudo a partir do século XVII, a quota de degredados6”.
Segundo
BUENO, Francisco S. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa Rio de Janeiro:
FAE, 1991: Couto: lugar onde poderiam asilar-se os criminosos. Refúgio; asilo.
Homizio: ato de homiziar, esconderijo; vacalhouto.
PIERONI,
Geraldo. Os excluídos do Reino: a Inquisição portuguesa e o degredo para o
Brasil Colônia.
Brasília:
Editora Universidade de Brasília, 2000: São Paulo: Imprensa Oficial do Estado,
2000.
SOUZA,
Laura de Mello e. Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII.
Rio de Janeiro:
Edições
Graal, 1982.
Segundo
BUENO, Francisco S. Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro:
FAE, 1991.
Ergástulo:
cárcere; enxovia; masmorra; calabouço.
ASPECTOS
GERAIS DO DEGREDO
O DEGREDO CIVIL
O
degredo, como uma forma de excluir e banir da sociedade os elementos ameaçadores
da ordem moral e social, foi utilizado por Portugal na modernidade, tanto pela Justiça
Civil quanto pelo Tribunal do Santo Ofício. A pena no âmbito civil era
regulamentada nas Ordenações do Reino que entre as mais importantes têm-se as
Manuelinas e as Filipinas, que estão dentro do contexto do início e apogeu da
prática do degredo.
“Mandamos
que os delinqüentes que por suas culpas houverem de ser degredados para lugares
certos, em que hajam de cumprir seus degredos, se degredem para o Brasil ou
para os lugares de África, ou para o couto de Castro-Marim ou para as partes da
Índia, nos casos em que por nossas ordenações é posto certo degredo para as
ditas partes. E os que houverem de ser degredados para o Brasil., o não serão
por menos tempo que cinco anos7”.
A
pena poderia ser de 5 anos ou perpétua, porém havia a possibilidade de pedir perdão
ou a comutação da pena, por exemplo, para dentro de Portugal. Muitos condenados
recorriam aos pedidos de perdão alegando os mais diversos motivos, desde
doenças até graus de parentesco com a nobreza, já que o degredo constituía uma
pena infamante e procuravam não expor um nobre a esta humilhação. Os motivos
alegados pelos condenados para não embarcar para o Brasil, sejam reais ou
fantasiosos, mostram como o português via a principal colônia do Império.
Ordenações
Filipinas Livro V (org.) LARA, Silvia Hunold, São Paulo: Companhia das Letras,
1999.
PIERONI,
Geraldo. “A Inquisição portuguesa e os degredados para o Brasil-Colônia”.
Fronteiras: Revista de História, n.º 7, 1999.
DUTRA,
Francisa. “Salvador Moreira, cirurgião e degredado”. Textos de História, n.º 1
e 2, vol. 6, 1998.
RAMOS,
Fábio Pestana. No tempo das especiarias: O império da pimenta e do açúcar. São
Paulo:
Contexto,
2004.
SOUZA,
Laura de Mello e. “Notas sobre a vida quotidiana das degredadas na Inquisição
no século XVII”,
Revista
História: Questões e Debates, Curitiba, 7, p. 252-258, Dez. 1986.
Foram
degredados cerca de 17.000 condenados incluindo os tribunais seculares e inquisitoriais,
sendo em média 12.750 degredados pelo juízo civil e 4.250 pelo inquisitorial no
período de 1550 à 172012. Um dos crimes mais graves para o tribunal civil era o
de lesamajestade, que consistia em traição, em planejar a morte do rei ou de
algum de seus próximos, rebelar-se contra ordens reais ou aliar-se a inimigos
do rei em tempo de guerra.
“Esta
penalidade aplicava-se a casos considerados na época relativamente graves, o que
nem sempre significa que para nós o sejam. [...] aquele que as praticava ou assumia
era quase sempre um desajustado social, um rebelde, um revoltado contra as leis
e disposições aceitas e consagradas pela maioria das sociedade [sic].”
Outros
crimes também punidos com o degredo são aqueles considerados contra o Estado,
como a falsificação de textos e moedas, contra a moral social, agressão ou
ofensa que eram as tentativas de homicídio, roubo e fraude, além dos jogadores
desonestos e os desocupados. Também eram punidos com o degredo os crimes
vinculados ao convívio social, como por exemplo, os “mexericos” e o ato de
alcovitar: “se alguma mulher fôr
condenada
por alcoviteira seja degredada para sempre para o Brazil ”.
COATES,
Timothy J. Degredados e órfãs: colonização dirigida pela coroa no império
português 1550-
1755.
Lisboa: Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses,
1998.
COSTA,
Emília Viotti da. “Primeiros povoadores do Brasil: o problema dos degredados”.
Revista de História, nº. 27, vol.XIII, ano VII, Julho-Set. 1956.
ORDENAÇÕES
FILIPINAS, apud. CAMARGO, Odécio Bueno de. Degredados no Brasil Colonial. São
Paulo:
Gabinete de Investigações, 1944.
PRADO,
J. F. Almeida. Primeiros povoadores do Brasil 1500-1530. São Paulo, Editora
Nacional, 1939.
Porém,
cada vez mais a coroa mandava “novas levas e mesmo mais numerosas” de degredados
e chegara a ponto de um donatário conhecido pelo seu rigoroso tratamento para com
malfeitores, Duarte Coelho, numa de suas cartas ao rei, pedir pelo amor de Deus
“que lhe não enchessem a capitania de semelhante peçonha29”.
“aserca
dos degradados e isto Senhor diguo por mim e por minhas terras e por quão pouco
serviço de Deus e de Vossa Alteza he do bem e aumento desta Nova Lusitânia
mandar taes degradados como de tres anos para qua me mandão porque sertifico a
Vossa Alteza e lho juro pella ora da morte que nhum fruito nem bem fazem na
terra mas muito mall e dano [...] crea Vossa Alteza que são piores qua na terra
que peste [...] [sic]30”
Cláudia
Santana Lemos
Neliane
Maria Ferreira
Navio
Negreiro (Rugendas)
Percebe-se,
partindo dessa prancha, que o interior desses porões era de uma altura muito
baixa, cerca de cinco pés, e que fazia-se necessário fazer prateleiras para a
acomodação de tantos escravos. Eles ainda eram transportados seminus e se
alimentavam de farinha e água. Uma alimentação que, além de precária em termos
nutritivos, também era muito escassa, levando àqueles que se encontravam no
interior dos porões a atacarem uns aos outros, fazendo-se necessária a presença
dos traficantes no ambiente para manterem a ordem.
Nesta
gravura também fica expressa uma outra forma de aprisionamento e de manutenção
da ordem: algemas e correntes nos pés e nas mãos, que prendiam uns aos outros.
Como
o próprio artista descreve, esta era uma situação não muito agradável para os
olhos de quem os viam, muito menos para aqueles que viviam a situação. Por
isso, por mais que tentasse passar aquele momento de maneira real, acabou se
auto-censurando devido ao grande impacto que esta imagem causaria aos europeus.
PESQUISADORA
: THEREZA PIRES
CORPOS
SEM ALMAS
Durante
a escravidão, os portugueses (e portuguesas) podiam exercer - sem nenhuma
censura - qualquer espécie de manifestação de luxúria sobre o corpo dos
escravos. O "direito de propriedade" era extensivo às emoções e aos
sentimentos dos cativos. O
processo foi "aperfeiçoado" com o tempo.
Para
satisfazer a necessidade de povoar um país tão grande, nada melhor do que a
promiscuidade nos navios negreiros. Quando as negras engravidavam, o patrimônio
de seus senhores aumentava porque, segundo as leis da época, o senhor não
pagava pelo feto no ventre da mãe.
MÁQUINAS
DE FAZER SEXO
O
caráter lúbrico da escravidão existia na própria organização hierárquica: para
preservar a honra das moças de família - futuras sinhazinhas - os senhores
estimulavam a iniciação sexual de seus filhos com as escravas adolescentes. As
esposas brancas eram usadas apenas para
reprodução, enquanto as escravas
serviam para a satisfação
dos verdadeiros
desejos.
Os
mulatos gerados desta violência no calor tropical eram aproveitados na lavoura
- 0 trabalho braçal era considerado algo desprezível pelos rapazes brancos.
Os homens negros também eram mais atraentes e robustos que os pálidos
sinhozinhos e muitas vezes serviam como solução para o problema carencial das
sinhás.
"CASA
GRANDE E SENZALA"
"Casa
Grande e Senzala" de 1933, o clássico de Gilberto Freyre, é leitura
fundamental para explicar o comportamento sexual do brasileiro do tempo da
Colônia e do Império.
"Nenhuma casa grande do tempo da escravidão quis para si a glória de conservar filhos maricas ou donzelões. O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do senhor - moço. Desejo não, ordem".
"Nenhuma casa grande do tempo da escravidão quis para si a glória de conservar filhos maricas ou donzelões. O que a negra da senzala fez foi facilitar a depravação com sua docilidade de escrava: abrindo as pernas ao primeiro desejo do senhor - moço. Desejo não, ordem".
Gilberto
Freire (1900-1987) conta que, nos mercados, os compradores examinavam a
mercadoria (normalmente nua), para ver a dentição,o estado dos pulmões, o tamanho dos
órgãos sexuais e a rigidez dos seios das negras.
As
mulheres brancas, para sublimar o abandono que sofriam dos maridos, costumavam
exagerar na dose quando puniam escravos, de preferência as de sexo feminino.
Algumas iaiás mandavam cortar mamilos das adolescentes, outras destruíam os
dentes perfeitos da raça negra com o salto de suas botinas de couro legítimo, algumas tinham amantes negros.
Relações homoeróticas também eram comuns.
Sadismo
e masoquismo exercidos pelos donos dos cativos, dissimulação, rivalidade e
licenciosidade nas relações familiares, crueldade, e exclusão social foram o resultado final
dos três séculos e meio de escravidão africana no Brasil.
CONTINENTE
ARRASADO
A
chegada da família real portuguesa fugindo dos exércitos de Napoleão, em 1808,
transformou a colônia em centro
do Império: os portos se abriram
para os navios do mundo,
o país cresceu e a demanda por escravos aumentou.
Dados
estatísticos de 1850 falam de uma população de seis milhões de escravos vivendo no
Novo Continente.
Historiadores
calculam que, dos 12 a
13 milhões de escravos transportados para as Américas, o Brasil recebeu cerca
de 3 milhões e meio, dos quais entre 5 e 10 por cento morriam
no primeiro ano depois da chegada.
A
repressão ao tráfico negreiro só foi iniciada no século XIX, quando a escravidão
atingiu seu auge. Esta irrecuperável perda humana de centenas de gerações foi
responsável pela situação
de fragilidade em que se encontra hoje o continente africano.
PORTAL
BRASIL – HISTORIA DO BRASIL COLONIA
Não seria exagero estimar que o número de vítimas envolvendo os escravos
transportados e os que morreram na luta contra as incursões brancas chegaria a
algo próximo do dobro ou até do triplo dos africanos deslocados para a América.
Calcula-se que, até o século XIX, entre 10 e 15 milhões de africanos, dos quais
cerca de 40% vieram para o Brasil, foram capturados pelos brancos e deslocados
para a América.
ttp://www.portalbrasil.net/brasil_historiadobrasil_brasilcolonia.htm
O
HOLOCAUTO BRANCO
Crimes
e genocídios cometidos aos índios brancos durante a colonização do Brasil
OS
JESUITAS
A
atitude dos jesuítas e de outras ordens missionárias foi dúbia em relação à
questão indígena. Se de um lado se posicionaram contra a escravização indígena,
por outro confinaram os indígenas nos chamados aldeamentos cristãos, onde,
través da catequeses, obrigavam esses povos a abandonar seu modo tradicional de
vida, suas andanças pela mata, suas lideranças, substituindo suas crenças e
cerimônias pelos ritos católicos. Confinados em populosos aldeamentos, os
indígenas estavam sujeitos com mais freqüência às doenças trazidas pelos
brancos, como foi o caso de repetidas epidemias de varíola. Em 1562, Anchieta
escreve que 30 mil indígenas morreram em menos de 3 meses em decorrência de
doença.
Também
foi nefasto o papel dos jesuítas, retirando os índios de suas aldeias dispersas
para concentrá-los nas reduções, onde, além de servirem aos padres e não a si
mesmos e de morrerem nas guerras dos portugueses contra os índios hostis, eram
facilmente vitimados pelas pragas de que eles próprios, sem querer, os
contaminavam. É evidente que nos dois casos o propósito explícito dos jesuítas
não era destruir os índios, mas o resultado de sua política não podia ser mais
letal se tivesse sido programada para isso.
O
PATRIMÔNIO JESUÍTICO
O
vulto do patrimônio jesuítico, ao tempo do seu confisco (1760), era
enormíssimo. Estendia-se de norte a sul do país, na forma de missões e
concessões territoriais concedidas pela Coroa, onde instalavam suas cinqüenta
missões de catequese, cuja base material eram engenhos de açúcar (dezessete),
dezenas de criatórios de gado, com rebanho avaliado em 150 mil reses, além de
engenhos, serrarias e muitos outros bens.
A
Companhia seria também a maior proprietária urbana, pelo número de casas nas
cidades que abrigavam os colégios, os seminários, os hospitais, os noviciados,
os retiros, regidos por 649 padres e irmãos leigos. Só na Bahia, eles possuíam
186 casas, no Rio setenta e em
São Paulo lhes restava ainda cerca de seis, e muitas mais no
Maranhão, Recife, em Belém e por toda a parte,das quais fluíam altas rendas de
aluguel.
EXTERMÍNIO
INDÍGENA
Embora
na prática o extermínio indígena tenha prosseguido sem tréguas, no período entre
1500 e 1984 as idéias sobre os índios deram passos de gigante, no Brasil. Os
portugueses, quando os "descobriram", nem sequer admitiram a sua
condição de seres humanos. Por algum tempo, os índios foram considerados
selvagens sem alma, "inábeis para a fé católica" e que deviam
"ser tratados e reduzidos a nosso serviço como animais brutos". Essa
situação perduraria até 1537, quando o papa Paulo III afirmou, em bula, que os
índios eram homens e assim deviam ser tratados.
O
ÍNDIO ESCRAVIZADO
Até
a primeira metade do século XVII a escravidão indígena foi superior à
escravidão de negros vindos da África. Uma das conseqüências disso é que dos
cerca de quatro milhões de índios que habitavam estas terras em 1500, somente
restam, aproximadamente, trezentos mil índios hoje no Brasil. É como se
sumissem quase vinte maracanãs lotados, cheios de índios, depois da chegada dos
portugueses. Claro que nem todos os índios morreram pela escravidão. Muitos
foram vítimas de guerras contra a ocupação portuguesa, ou de doenças vindas da
Europa, para as quais os índios não tinham anticorpos.
Havia
diversos grupos indígenas, mas os portugueses os diferenciavam apenas
como Tupis e Tapuias. Os Tupis eram considerados amigos, e os Tapuias
inimigos.
Para
o português, escravizar o índio não era errado, a própria igreja católica
aceitava a escravidão de índios, desde que não aceitassem se converter ao
cristianismo. Isto era a Guerra Justa, somente poderiam ser atacados e
escravizados aqueles que negassem a fé cristã. Os índios catequizados não
podiam ser escravizados, mas ainda assim serviam ao rei e aos portugueses.
Muitas
vezes, colonos portugueses brigavam com a igreja, pois queriam escravizar
índios catequizados.
Achiles Holanda
muito bom
ResponderExcluirNa verdade em relacao aos escravos quem tem essa divida com eles nao somos no's; quem importavam escravos eram os portugueses a partir de 1530;quando por pressao inglesa houve a abolicao, dai' o foco foram os italianos trazidos por conta de falsas promessas; a italia nao vivia bom momento e milhares de italianos vieram `fazer a vez dos escravos`,mas nao por muito tempo;em seguida, japoneses,alemaes,etc vieram para o brasil.Parabens pela mate'ria respaldada por documentos;tem alguns livros na praca q tambe'm falam da verdadeira historia do brasil q tem a mesma idade do usa que em 1637, 99% dos brasileiros sequer eram alfabetizados,enquanto os americanos ja tinham uma das mais famosas universidades do mundo- harvard!
ResponderExcluirEm 1637 não existiam Estados Unidos... como é que o anónimo diz que Harvard já existia? Quando se pretende adulterar a história, é triste que seja com este tipo de inverdades! Portugal aboliu a escravatura... e a Inglaterra? E o Brasil? Ainda hoje os tem!
ResponderExcluirO anonimo de 9 de fevereiro se equivocou com respeito a HARVARD (1636 E NÃO 1637) E ALFABETIZAÇÃO NO BRASIL; SEGUE O CORRETO-
ResponderExcluirUniversidade Harvard (em inglês: Harvard University) é uma universidade privada membro da Ivy League, localizada em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos, e cuja história, influência e riqueza tornam-a uma das mais prestigiadas universidades do mundo.
Fundada em 1636 pela Assembleia Estadual de Massachusetts e logo depois nomeada em homenagem a John Harvard (seu primeiro benfeitor), Harvard é a mais antiga instituição de ensino superior dos Estados Unidos.(WIKIPEDIA)
COM RESPEITO A ALFABETIZAÇÃO, segue trecho da entrevista de laurentino gomes,autor dos livros 1808,1822=
Em 1808(não em 1637) São Paulo, por incrível que pareça, o número de pessoas alfabetizadas chegava a 2,5% dos homens adultos. Se extrapolar para população brasileira inteira, 99% do povo era analfabeto naquela época. Enquanto os Estados Unidos até os negros já sabiam ler porque eram obrigados a freqüentar a igreja protestante e ler a Bíblia.
Rondoniagora – E há uma diferença descomunal entre o processo de independência norte-americano e o brasileiro.
Laurentino Gomes – O processo de liberdade dos Estados Unidos é o inverso do nosso. O povo era alfabetizado por causa da Igreja Protestante, que obrigava as pessoas a lerem a Bíblia, inclusive os escravos. As 7 principais universidades já existiam. E tinha a herança anglo-saxônica, acostumada a enfrentar o rei. Foi uma sociedade organizada que rompeu com a metrópole e criou o estado debaixo pra cima. Enquanto no Brasil, 99% do povo é analfabeto, formada por escravos e negros completamente a margem de qualquer oportunidade num cenário de completa dominância do latifúndio com provinciais rivais entre si.
Rondoniagora – Some-se esse quadro nebuloso, a ânsia voraz por riqueza de Portugal.
Laurentino Gomes – Saiu um livro do jornalista mineiro Lucas Figueira, chamado Boa Ventura, a Correria do Ouro no Brasil, que o ouro e o diamante nos transformaria na época numa das nações mais ricas do mundo. Mais de 1mil toneladas de ouro foram levadas daqui. E o curioso é que não ficou em Portugal, comprou com esse ouro riqueza e luxo para uma Corte que queria se parecer com a Corte de Paris e Madri. Esse ouro passou por Portugal e foi para França e Holanda. A coroa Portuguesa, tentando mostrar prestígio, comprou mármore carrara e fez um dos maiores palácios do mundo, o Palácio de Mafre.