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20 de fevereiro de 2010

AS CRUZADAS - "Caráter Religioso e Militar"


AS CRUZADAS


As Cruzadas (1095 a 1270) foram expedições de caráter religioso e militar com o intuito de libertar Jerusalém e os santos sepulcros dos muçulmanos. Um papado revitalizado incentivou a união dos cavaleiros na luta armada que durante décadas levou-os a muitas conquistas porem ao custo alto de muitas vidas.
Missionários e monges guerreiros levavam o cristianismo para varias regiões anteriormente consideradas pagãs em todo leste da Europa. Em um processo chamado de Reconquista. A Espanha foi tomada dos mouros mulçumanos após quatro séculos de muitos conflitos. Com o incentivo de vários monarcas como o Príncipe Henrique, o Navegador, organizador da exploração portuguesa da África que difundiu o espírito cruzadista por outras regiões do mundo.
Os primeiros propagadores das Cruzadas foram; o monge Pedro Eremita e o Papa Urbano II . Um sermão proferido pelo Papa Urbano II em Clemont, em 1095, causou grande impacto dando inicio o movimento cruzadista. A principio, o que se pretendia era enviar uma ajuda militar ao imperador bizantino Aleixo I que lutava contra nômades turcos na Ásia Menor. No Ocidente, porem, acreditava-se que os nômades estavam dificultando a vida dos peregrinos que se dirigiam à cidade santa de Jerusalém. Em 1096, grandes exércitos marcharam para Jerusalém com o objetivo de libertar as igrejas cristãs e reconquistar a Cidade Santa que estava sobre o domínio dos muçulmanos deste o século VII. Chefiados por Godofredo de Bulhão um exercito de 1.000.000 de homens parte para Jerusalém para a grande conquista. Vários não resistiram, morrendo de fome e cansaço. Os homens que resistiram as dificuldades e as lutas e após um pesado cerco da cidade de Antioquia, rumaram para Jerusalém.
Conquistando Jerusalém, Godofredo foi nomeado governador. Foi estabelecido diversos Estados menores que, no entanto eram vulneráveis ao contra-ataque muçulmano.
A conquista cruzadistas caiu em 1187 com a reconquista da cidade pelo sultão Saladino, do Egito e da Síria.
Todas as tentativas para reconquistar a cidade e foram inúteis. Numa grande tentativa de reconquista foi criada a terceira Cruzada chefiada pelos três grandes monarcas: Ricardo I “Coração de Leão”; rei da Inglaterra, o Imperador Frederico da Alemanha e Felipe Augusto da França . Apesar de não conseguir o verdadeiro intento foi feito um acordo temporário com Saladino entre 1228 e 1244.
Durante o século XIII, os Cruzados dominaram toda a costa da Síria e da Palestina, porem lentamente eram derrotados pelos poderosos sultões do Egito. Em 1291 os Cruzados perderam sua última base na Terra Santa que foi o porto de Acre. No século XIV, as cruzadas já bem enfraquecidas não passavam de meras incursões porem sem qualquer resultado positivo. A ultima delas, em 1396, levou o exercito francês e burgundiano até Nicópolis no Danúbio onde foram vergonhosamente derrotados pelo sultão Otomano.
Apesar de que a maioria dos Cruzados fossem movidos pelo fervor religioso, muitos participavam apenas pelo espírito de aventura e isso levava muitas vezes a lutarem entre si. A quarta Cruzada nunca chegou a Terra Santa, organizada nas cidades italianas, os Cruzados saquearam Constantinopla, capital do Império Bizantino e rival comercial de Veneza no Mediterrâneo. Já no século XII, as Cruzadas eram organizadas apenas para combater os hereges e os inimigos políticos do papado, como o Imperador Frederico II. No século XV, as Cruzadas limitavam-se apenas a inserções no Leste Europeu, contra os turcos ou hereges hussitas da Boêmia; geralmente sem sucesso.
Na Península Ibérica a situação era diferente. No século XI, os pequenos reinos cristãos do norte da Espanha, principalmente Castela e Aragão, começaram se expandir à custa dos Estados muçulmanos que durante muito tempo dominaram a península. O reino de Portugal fundado em 1139 na Reconquista não estava totalmente assegurado. Em duas ocasiões, em 1085 e 1145, o Islã fortalecido por tribos berberes originaria do norte da África, derrotavam os cristãos e momentaneamente unia-se aos muçulmanos.
Já no século XII, a situação era bem favorável a Reconquista. Com a vitória dos castelhanos em Lãs Navas de Tolosa em 1212, foi selado o processo de retomada e de vários avanços na Reconquista. No século XIII, o domínio muçulmano estava restrito apenas ao Emirado de Granada, que resistiu até 1492 sendo derrotado pelo duplo reinado de Fernando de Aragão e Isabel de Castela.
O que pretendia a Igreja Católica nada mais era de que tentar através de seus exércitos reconquistar suas terras e riquezas até então perdidas pela decadência dos papados daquela época, também enfraquecer o crescimento do islã que já dominava grande parte da Europa. Os custos desta pretensão foram milhares de vidas levadas pelas guerras, pela fome e pela miséria.
Achiles Holanda

4 comentários:

  1. Oi Achiles:
    Sou fascinado pelas histórias que versem sobre as Cruzadas, Cavaleiros Templários, etc.
    Realmente o que você postou foi um resumo
    bem completo sobre o assunto. Gostei muito e
    gostaria muito que houvesse um filme envolvendo
    o assunto que você postou. Se você souber de algum, por favor me notifique pelo e-mail -->
    lix.matrix@hotmail.com
    Meus agradecimentos e parabéns

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  2. Olá, ótima matéria, estou escrevendo meu trabalho final para me formar na faculdade e estou cansado de fontes mentirosas influenciadas pelo dito: "iluminismo", que mais escureceu a historia do que tudo. Você teria fontes em forma de livros, autores que falam a verdade sobre as cruzadas para me indicar? Muito obrigado desde já.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Samuel, bom dia. Grande parte das informações do conteúdo do meu Blogger foram pesquisas que fiz durante mais de 50 anos. Desde jovem gostei muito de ler e pesquisar e durante muitos anos eu fui fazendo anotações, guardando reportagens de jornais e revistas e lendo muito. Uma dica que dou a você e fiz durante muito tempo. Eu visitava as lojas de livros antigos e usados, pesquisava nos livros e comprava alguns para pesquisa, agora, sempre livros, almanaques, revistas e jornais independentes sem vínculo com qualquer segmentos seja político ou religioso. Espero te-lo ajudado. Abraço

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